Temporada
legal esta... Tivemos poucos animes, mas quase todos foram divertidos e
mantiveram uma temporada com equilíbrio raramente visto. O post de hoje conta
com três animes encerrados desta temporada e um da temporada de abril.
Joshiraku não será analisado agora, pois estou no episódio 7 do anime e os
fansubs não ajudam. Vamos lá!
Natsuyuki Rendezvous
Começar por
Rendezvous é complicado, afinal sua história não é a mais fácil de entender.
Arrisco-me a dizer que foi o anime mais complexo que já vi na minha vida (e
sim, bem mais subjetivo que *aquele anime sobre fadinhas*), afinal não foca os
seus símbolos em críticas sociais, mas sim no desenvolvimento do amor. E o foco
desse desenvolvimento é uma das melhores personagens do ano, a gloriosa Rokka.
A mulher de meia-idade que usa o chapéu mais feio dos últimos anos é a grande
protagonista da história, ainda que seja meio bloqueada por Shimao e Hazuki.
Tudo se desenvolve sobre como ela poderá esquecer seu antigo amor e como poderá
iniciar uma nova vida. Quando começou já havia dito que tinha um potencial para
fazer chorar imenso, maior até mesmo que Ano Hana. Mas os produtores escolheram
um caminho diferente, encararam uma história mais adulta, sem forçar a barra e
relacionaram o roteiro com um pouco de literatura e um belo visual num mundo
encantado. Isso com uma trilha sonora maravilhosa (vou falar da ending no fim).
Porém, abster do drama pode ter sido uma idéia não muito boa. Imaginem como
poderia ficar legal se a relação entre Shimao e sua irmã fosse utilizada. O que
vimos foi um personagem que, já de natureza apática, simplesmente ignorou o
fato de poder comunicar-se com sua irmã após tantos anos; perdido ainda no
desejo de conviver com sua esposa. Outro problema: Normalmente, uma série tem
altos e baixos durante as transições de episódios, mas neste caso o clima
oscilava em durante TODOS os episódios. Às vezes a série era tediosa, em outras
se tornava incrivelmente prazerosa. E esses momentos de prazer normalmente eram
provocados graças aos diálogos, todos bem estruturados e sempre com pitadas de
melancolia e humor negro. E Rendezvous caminhou assim, com uma animação
competente e uma narrativa meio bipolar para seu último episódio, que por sinal
teve um segmento final muito bonito (tipo, muito mesmo). A conclusão? Um anime
interessante, às vezes um pouco maçante, mas que não perdeu qualidade em
momento algum. Valeu a pena assistir.
Sobre a
ending: Simplesmente a melhor do ano. Além de ser interpretada de maneira
maravilhosa pela excelente Aimer, “Anata ni deawanakereba” se encaixa
perfeitamente no clima do anime e sua letra se relaciona com o tema de maneira
magnífica. Fosse eu um bloguero aplicado, postaria uma análise sobre como a
letra se encaixa no roteiro, mas não vai acontecer... (já disse que preciso de
redatores?)
Jinrui wa Suitai Shimashita
*Aquele
anime sobre fadinhas* é muito mais que apenas um anime sobre fadinhas. Muito
mais. Lotado de subjetivismos e abusando de referências, Jinrui wa Suitai
Shimashita tornou-se o anime de qualidade mais indiscutível da temporada, tendo
todo mundo achado o anime, no mínimo, bom. O problema é que ninguém entendeu
exatamente o que estava assistindo. Lembra aquele negócio de desconstrução?
Tipo a desconstrução do shoujo com Madoka Magika (que eu considero uma babaquice)?
Então, Watashi é a desconstrução do moe. Em apenas um personagem. Não me
pergunte o porquê, mas é esta a sensação que ela passa: seu sorriso carismático
e a própria beleza do caractere, misturados com o humor negro que lhe é
característico e a inteligência para observar e avaliar as ações das pessoas
que a cercam induzem o leitor a perceberem que há algo nela como uma “crítica”,
ainda que nunca fique claro exatamente a o que. Jinrui é assim, cheio de
pequenas críticas, buscando sempre levar o espectador as mais diversas
conclusões e nunca determinando a ideia do autor. Quanto à parte técnica,
animação é simples e não compromete nada. O visual é colorido, bem parecido com
Tsuritama. Por sinal, quando misturado com o roteiro recheado de humor negro,
gera um efeito humorístico bem divertido. Quanto ao desenvolvimento, são vários
arcos soltos e sem nenhuma relação entre eles, quase como pequenas crônicas.
Algumas destas histórias (como os dois sobre a indústria de mangá) são boas
demais, mas em outros episódios, como no segmento final, a história se arrasta
e fracassa. Um anime bom, supervalorizado às vezes, mas merecedor dos
comentários que recebeu. Ainda assim, longe de ser o melhor da temporada.
Outras Reviews: Another Warehouse
Kuroko no Basket
E pensar
que iria ignorar este anime apenas por preconceitos com animes de esporte...
Kuroko no Basket foi um anime sensacional: animação muito boa, cenas de ação
ótimas e personagens divertidíssimos de acompanhar. O meu grau de excitação com
um anime não era tanto desde que Fairy Tail era legal, me levando a ler o mangá
quase sempre após um episódio novo. E o bom é que não acabou! A segunda
temporada não deve demorar e a ansiedade pelos próximos episódios é grande,
afinal deve aparecer o armador heterocrômico e os misteriosos reis sem coroas
na disputa da Winter Cup. Será a melhor continuação do ano que vem.
Uta-Koi
Melhor
anime da temporada. Discutivelmente, é claro. Uta-Koi teve uma ótima trilha
sonora (OP da temporada) e um desenvolvimento delicioso para acompanhar, afinal
sempre mostrava histórias curtas, às vezes até mesmo duas em um único episódio.
As “interpretações liberais” dos poemas de amor do Hyakuninisshu foram
sensacionais, recheadas de piadas envolvendo comportamentos dos personagens,
ainda que de forma um pouco infantilizada (não que “infantilizada” seja
pejorativo, mas para uma série com tema adulto fica um pouco fora de contexto).
Os diálogos são interessantes e a rápida identificação com os personagens são
outros pontos positivos. Por sinal, é de personagens que esta série esta cheia.
Os principais: o host do anime e protagonista do último episódio Teika no
Fujiwara, o garanhão Ariwara no Narihira (dublado por Suwabe Junichi), o
esforçado e divertido Fun’ya no Yasuhide; e as musas: Sei Shonagon e Ono no
Komachi. E foi com o trio Narihira/ Fun’ya/Komachi que o anime alcançou seu
ápice, usando neste momento um triângulo amoroso e, principalmente, a amizade
entre os personagens. E não entenda errado: se este foi ápice, não significa
que o resto foi chato. O principal motivo de ter achado este o melhor da
temporada é por manter o ritmo durante o tempo inteiro, do primeiro episódio
até o último, sempre no mesmo nível. Seus melhores momentos não foram tão altos
quanto o incompreensível Jinrui e seus piores não foram no mesmo nível do
eletrocardiograma Natsuyuki Rendezvous. Sua regularidade nada ousada e simples
faz de Uta-Koi o melhor da temporada, uma ótima opção para assistir em uma
temporada mediana, exatamente como esta foi.
Outras Review: Our Otaku Life e Blog Yume
Animes em andamento: Chibi Devil!
(melhorou nos os últimos tempos, mas os fansubs desistiram), Joshiraku (ótimo,
um dos melhores da temporada), Saint Seiya Omega (faz tempo que não vejo; esta
legalzinho, mas os personagens são chatos demais), Sword Art Online (hype
demais para um anime somente bom, mas esta legal até aqui) e Uchuu Kyoudai
(caminhava para ser o melhor da história, mas 51 episódios parece ser demais
para manter o ritmo).
Animes Droppados: Kokoro Connect (tedioso
e com protagonistas chatos), Oda Nobuna no Yabou (Zzzzzz), Dog Days (armadilha
de nostalgia), Tari Tari (droppei porque é mal feito, as garotas são chatas
demais. Ohana chorou ao lembra que compararam isso a Iroha).
Engraçado que eu estava dando um braço por Jinrui no começo da temporada,mas ele desandou tanto do meio pro fim que até me envergonho de tê-lo colocado num pilar de injustiçados. Diga-se a verdade,ele não é ruim. Mas,gastar dois episódios com cenas repetidas? Pra quê? Enfim,bom,mas poderia ter sido melhor...
ResponderExcluirO engraçado é que alguns se desapontaram com Natsuyuki, e não vi nada de tão grave assim no roteiro. Sério. Eu curti. Mas,ainda falarei por que num post.
UtaiKoi, dos que foram deixados de lado acabou virando o melhor da temporada? LOL Justo. Não discordo,não. Foi gostoso de assistir.
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