sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Saitama Chainsaw Shoujo - O pior mangá que você pode ler hoje



            Confiar na sinopse não é algo seguro e todo mundo sabe (ou pelo menos seria de muito bom grado saber) disso. Até por isso o plot é a última coisa que leio quando procuro um mangá ou anime novo. Um exemplo sobre como o plot pode enganar é Onani Master Kurosawa, afinal, o que esperar de um mangá que fala sobre um adolescente que bate punheta no banheiro feminino? Uma obra prima, o melhor mangá independente que se tem conhecimento. Só isso. E o que esperar de um mangá chamado Saitama Chainsaw Shoujo, referência clara ao Massacre da Serra Elétrica, que traz como premissa uma garota ciumenta e que foi traída levando uma serra elétrica na escola para matar todo mundo?




            Um fracasso... Sério, quando vi isto pensei que fosse um daqueles mangás fodões que ninguém liga, pois com um roteiro tão louco só esperava um clássico do underground. Acho que acreditar na qualidade deste mangá foi, de longe, o maior engano da minha vida. A história, que antes parecia ser espetacular e intensa, não passa nenhuma emoção. A protagonista é sem graça e o autor não mostra nenhum preparo para escrever uma série como essa. Mas vamos começar do começo: Kirisaki Fumio é uma garota que reclusa que tem como hobbie a leitura, tem apenas uma amiga (Odagiri Kaoruko) e, sabe-se lá como, um namorado (Takumi). Num lindo dia, surge uma nova garota no colégio, com a qual Fumio não simpatiza muito. Momentos depois, ela vê Takumi e esta caloura abraçados. Tomada pelo ciúme, ela resolve levar uma serra elétrica para escola e tocar o terror. Os detalhes negativos da obra são muitos. Nos primeiros capítulos a série tem um tom sério e piadas não são recorrentes, fazendo-se acreditar que, nos momentos de carnificina, a seriedade da narração continuará da mesma forma. Entretanto, do capítulo quatro para frente, onde ela finalmente começa a matar seus amiguinhos de escola, o autor usa chibi’s deslocados do ritmo das cenas e a tentativa de quebrar a continuidade fica mal-feita, principalmente pelo humor infantil.



            E o que dizer da protagonista? Fumio é mais um personagem clichê, só que ainda mais inexpressiva. É ridículo como Sakurazaka Hiroshi (autor da obra) tenta faze - lá totalmente fria enquanto comete os assassinatos, mas produz diálogos apaixonados sobre como a serra elétrica é superior e como seu manuseio pode ser considerado uma arte. Isso tudo com um desenho que, apesar de não ter tantos defeitos, não arranca aplausos de ninguém. E por fim, o final do mangá. Este é o ponto máximo. Aquele momento clássico em que o autor vai dar aquela trollada histórica nos seus leitores e acaba passando vergonha. No final, descobrimos que a caloura era na verdade um monstro extraterrestre, com poderes incríveis de transformação e clonagem. Após uma luta violenta (e ridícula), o monstrengo destrói a sala e foge levando Takumi consigo. De repente todos os colegas de Fumio reaparecem, dizendo que eles estavam presos em outra dimensão e que todas as pessoas que ela havia matado eram seres de outra dimensão (???). Por fim, Fumio decide trazer de volta Takumi, e parte em uma jornada para recuperar o amor de sua vida. E é assim, com esse final aberto que nós encerramos a história. Um final imbecil, preguiçosamente audacioso e que fecha o mangá de forma tão boa quanto todo o seu desenvolvimento.



            A conclusão que cheguei ao ler este mangá está no primeiro parágrafo: Confiar na sinopse não é algo seguro. Pensava ver algo épico, que renderia uma resenha linda aqui. Mas foi muito ruim. Não recomendo a leitura para ninguém, não apenas porque é ruim, mas porque consegue ser péssimo e ainda assim desestimulante. De todos os mangás que já li inteiro, esse consegue ser, por muito, o pior.

Um comentário:

  1. mas que merda,em?
    Depois d saber esse final,acho q aqueles shoujo cliche,q vc sab tudo q vai acontencer do começo ao fim sem mesmo ter começado a ler,é mais interressante.

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