Confiar na
sinopse não é algo seguro e todo mundo sabe (ou pelo menos seria de muito bom
grado saber) disso. Até por isso o plot é a última coisa que leio quando
procuro um mangá ou anime novo. Um exemplo sobre como o plot pode enganar é
Onani Master Kurosawa, afinal, o que esperar de um mangá que fala sobre um
adolescente que bate punheta no banheiro feminino? Uma obra prima, o melhor
mangá independente que se tem conhecimento. Só isso. E o que esperar de um
mangá chamado Saitama Chainsaw Shoujo, referência clara ao Massacre da Serra
Elétrica, que traz como premissa uma garota ciumenta e que foi traída levando
uma serra elétrica na escola para matar todo mundo?
Um
fracasso... Sério, quando vi isto pensei que fosse um daqueles mangás fodões
que ninguém liga, pois com um roteiro tão louco só esperava um clássico do
underground. Acho que acreditar na qualidade deste mangá foi, de longe, o maior
engano da minha vida. A história, que antes parecia ser espetacular e intensa,
não passa nenhuma emoção. A protagonista é sem graça e o autor não mostra
nenhum preparo para escrever uma série como essa. Mas vamos começar do começo:
Kirisaki Fumio é uma garota que reclusa que tem como hobbie a leitura, tem
apenas uma amiga (Odagiri Kaoruko) e, sabe-se lá como, um namorado (Takumi).
Num lindo dia, surge uma nova garota no colégio, com a qual Fumio não simpatiza
muito. Momentos depois, ela vê Takumi e esta caloura abraçados. Tomada pelo
ciúme, ela resolve levar uma serra elétrica para escola e tocar o terror. Os
detalhes negativos da obra são muitos. Nos primeiros capítulos a série tem um
tom sério e piadas não são recorrentes, fazendo-se acreditar que, nos momentos
de carnificina, a seriedade da narração continuará da mesma forma. Entretanto,
do capítulo quatro para frente, onde ela finalmente começa a matar seus
amiguinhos de escola, o autor usa chibi’s deslocados do ritmo das cenas e a
tentativa de quebrar a continuidade fica mal-feita, principalmente pelo humor
infantil.
E o que
dizer da protagonista? Fumio é mais um personagem clichê, só que ainda mais
inexpressiva. É ridículo como Sakurazaka Hiroshi (autor da obra) tenta faze -
lá totalmente fria enquanto comete os assassinatos, mas produz diálogos
apaixonados sobre como a serra elétrica é superior e como seu manuseio pode ser
considerado uma arte. Isso tudo com um desenho que, apesar de não ter tantos
defeitos, não arranca aplausos de ninguém. E por fim, o final do mangá. Este é
o ponto máximo. Aquele momento clássico em que o autor vai dar aquela trollada
histórica nos seus leitores e acaba passando vergonha. No final, descobrimos
que a caloura era na verdade um monstro extraterrestre, com poderes incríveis
de transformação e clonagem. Após uma luta violenta (e ridícula), o monstrengo
destrói a sala e foge levando Takumi consigo. De repente todos os colegas de
Fumio reaparecem, dizendo que eles estavam presos em outra dimensão e que todas
as pessoas que ela havia matado eram seres de outra dimensão (???). Por fim,
Fumio decide trazer de volta Takumi, e parte em uma jornada para recuperar o amor
de sua vida. E é assim, com esse final aberto que nós encerramos a história. Um
final imbecil, preguiçosamente audacioso e que fecha o mangá de forma tão boa
quanto todo o seu desenvolvimento.
A conclusão
que cheguei ao ler este mangá está no primeiro parágrafo: Confiar na sinopse
não é algo seguro. Pensava ver algo épico, que renderia uma resenha linda aqui.
Mas foi muito ruim. Não recomendo a leitura para ninguém, não apenas porque é
ruim, mas porque consegue ser péssimo e ainda assim desestimulante. De todos os
mangás que já li inteiro, esse consegue ser, por muito, o pior.
mas que merda,em?
ResponderExcluirDepois d saber esse final,acho q aqueles shoujo cliche,q vc sab tudo q vai acontencer do começo ao fim sem mesmo ter começado a ler,é mais interressante.