Sakamichi
no Apollon foi anunciado como o grande anime do ano do bloco noitaminA para a
temporada de abril. Direção experiente, promessas de uma trilha sonora
maravilhosa e um traço antigo misturados com um plot de encher os olhos. Era um
daqueles casos de anime que já ficam entre os melhores de todos os tempos antes
mesmo de ter começado. Mas se lembram de outro caso recente semelhante a este? (Claro
que não se lembram!) [C]. O melhor plot da história se tornou uma piada e foi a
maior decepção do bloco noitaminA. Ainda bem que os produtores eram diferentes.
Acho que para analisar Apollon devemos dividir em alguns tópicos essenciais
para que possamos descobrir a qualidade de qualquer anime. Vamos a eles:
Visual
Não acho a
animação maravilhosa, passa longe de um Ikoku Meiro no Croiseè, mas é
competente. Cenas de movimentação em excesso dos personagens são estranhas
(lembram aquelas cenas de anime de esporte), mas realiza o trabalho “normal” de
forma simples e descomprometedora. A trilha sonora é muito boa, além de ter um
playlist mais completo que a maioria. Moanin
e My Favorite Things são dopantes
quando tocadas pelos protagonistas. Quanto ao desenho, ai está a melhor parte
visual de Sakamichi no Apollon. Traço com características mais antigas do que
os animes que são lançados atualmente, principalmente nos personagens
femininos. De mais, o figurino muito bem colocado que casa muito bem com o
contexto histórico. Ou alguém discorda que aquele chapeuzinho de marinheiro do
Sentaro não é demais?
Desenvolvimento
Sakamichi
no Apollon é um anime devagar, mas longe de ser entediante. Descansa o seu
ritmo em momentos isolados e assim economiza clímax, jogando informações
devagar e facilitando o entendimento do público. Tudo muito bem cronometrado e
organizado, talvez o melhor neste quesito, que sempre é muito bem trabalhado no
noitaminA (Tokyo Magnitude 8.0). Só existe um errinho no desenvolvimento, mas
deixa pra depois.
História
Falar sobre
amizade é clichê! Pipocam animes que usam esse tema desde que começaram a criar
animações no mundo. Esse é mais um deles, só que é bom. O elenco é bom, os
personagens coadjuvantes são interessantes e a série ainda conta com o
protagonista mais porra louca da temporada. Tudo isso com muito jazz, porque
Jazz é vida!
Desenvolvimento de Personagens
Ponto
principal! Afinal o Kaoru é o melhor personagem do ano não é mesmo? A relação
dele com Sentarou é linda, muito mais bonita que qualquer romance paralelo. Outros
personagens que são muito bem trabalhados, no caso um casal, são Yurika e
Junichi. O bonitão e a bonitona formam um casal muito bem montado em relação à
influência que um causa no outro. Além desses, tem o gordinho tímido (não
lembro o nome dele...) que começa a pegar meninas por causa do Rock and Roll.
É isso! O
objetivo de divertir em tópicos idiotas foi para mostrar quão bom foi este
anime. Até o episódio 11...
Foi um
misto de sensações. Talvez tenham tentado abordar temas demais para terminar o
anime em um episódio. Foi a única vez em que pareceu haver espaços e buracos
nas explicações. A ideia em si para concluir a série foi boa, mas abaixo da
execução da série. Os conflitos internos, sempre marcantes na série, deixaram a
desejar no final. Mas ainda que não tenha sido um final maravilhoso do início
ao fim, a segunda metade do episódio compensou. Me surpreendi com o Kaoru médico
e principalmente com o movimento temporal. Não imaginava que eles iam demorar 8
anos para se encontrar novamente, e não podia ser de melhor forma. Claro, com
muito jazz, o episódio terminou com o reencontro dos três amigos, Kaoru como médico,
Ritsuko de cabelo curto e Sentarou de cabelo lambido e vestido como padre. E a
cena dos dois tocando na igreja para as crianças foi orgasmática. Mais uma, aliás.
pois é, até eu que não li o mangá,percebi esses buracos no roteiro. poderia ter ganhado mais episódios...
ResponderExcluirmas,até que teve um saldo muito positivo ^___^